Definitivamente não dá pra ir pra Santiago e não dar uma passadinha em Viña del Mar e Valparaiso.
Bem, nós chegamos no Chile numa quinta-feira. Devido a confusão que foi quando vimos qual seria nossa moradia, e depois de saber que só poderíamos nos mudar na terça, eu e Laís resolvemos ir, logo no primeiro fim de semana, para Valparaíso e Viña del Mar.
Viña e Val (olha a intimidade rsrsrsr) são duas cidades, uma do lado da outra, no litoral chileno. Fica a mais ou menos 1h30min de Santiago. Pra ir é muito simples: a cada 10 ou 15min saem ônibus pra Val e Viña do Terminal Alameda, que é uma rodoviária que fica na estação de metro Universidad de Santiago. A passagem de ida custa entre 2.500 e 4.000 pesos. Eu e Laís acordamos cedo e fomos pra rodoviária. Assim que chegamos, uma moça de azul nos abordou querendo vender um tour pelas 2 cidades. Ficamos meio assim, mas pensamos: sozinhas não vamos conseguir conhecer tudo, então aceitamos! A empresa se chama Rodotour e custou 20.000 pesos (R$80,00) incluindo a passagem de ônibus de ida e volta. A única coisa que pedimos é que fizéssemos nosso tour no domingo, pois já íamos chegar lá no sábado quase 12hrs e ia ficar muito corrido. Tudo certo! A van ia nos buscar no domingo às 10hrs.
Fomos nós para Viña del Mar. Chegamos lá umas 12:30 e pegamos um ônibus até o nosso hostel: Che Lagarto. Bem, o ônibus não passa pela frente, tivemos de subir uma ladeirinha com mala e mochila na mão, mas tudo bem! rsrsrsrsrs Deixamos nossas coisas no hostel e tivemos nossa primeira experiência Chile-Brasil: na recepção estava tocando Chora, me liga! Os chilenos adoram! hahahahhaha Nosso quarto no hostel tinha 3 beliches e 1 banheiro, a diária incluía café da manhã. Custou $17,00 (R$ 32,00).
Depois de deixar nossas coisas no hostel, fomos explorar a cidade. Fomos andando a procura de um restaurante pra almoçar e acabamos almoçando num supermercado. Depois andamos pra caramba até achar a orla de Viña! Lindíssima! Primeira vez que vi o gelado Oceano Pacífico! A partir da orla fomos para o Castelo Wulff. Esse castelo foi construído por Don Gustavo Adolfo Wulff Mowla, empresário e filantropo de Valparaíso, que decidiu construir uma imponente residência em um lugar muito especial: as rochas situadas entre a foz do Estero Marga-Marga e Caleta Abarca. Seu sonho se materializou em 1906.
Depois de mil fotos e apreciar a paisagem linda, fomos em direção ao cassino, onde, incrivelmente, ia ter show de Alexandre Pires alguns dias depois. hahahahha Demos uma passeada pelo cassino, que graças a Deus não precisa pagar pra entrar, mas em compensação não pode tirar foto ¬¬. Já de noite, resolvemos voltar para o hostel.
O hostel oferece 2 computadores com internet na área de lazer, e foi por ali que conhecemos 2 uruguaios e 1 argentina. Depois de comer uma pizza com eles, fomos em direção ao famoso e grandioso relógio de Viña del Mar. Lindíssimo e cartão postal da cidade. Além disso, demos uma descidinha na praia pra tocar na água GELADA do Pacífico.
Foi em Viña del Mar que fomos apresentadas à bebida típica do Chile: o Pisco! Puro é muito forte, geralmente os chilenos a misturam com refrigerante: sprite, coca-cola (daí surge o famoso Piscola).
No outro dia acordamos cedo, deixamos nossas malas guardadas na recepção do hostel e fomos com a van fazer o tour. Primeiramente a van estava um pouco vazia... tinham mais umas 4 pessoas, e dentre elas, 1 brasileiro. Aprenda: brasileiro é igual a capim: todo canto tem!
Nossa primeira parada foi a Plaza Francisco Vergara. A impressão que voce tem é que tá numa deliciosa praça de uma cidade do interior. Pra completar o cenário só faltavam os velhinhos jogando dominó. rsrsrsrs Na praça está localizado o Teatro Municipal de Viña del Mar que é patrimônio arquitetônico.
Depois da praça, fomos pra orla de Viña na altura do cassino. Viña del Mar tem cerca de 3,5 quilômetros de praias banhadas pelas águas geladas do Pacífico. Graças à Corrente Humbold, a temperatura fica entre 12 e 16 graus. A faixa de areia é estreita e nessa época do ano é preciso tomar cuidado com as marejadas que são inundações costeiras associadas a sistemas de baixa pressão de tempo. Ela é produzida principalmente por ventos altos que empurram a superfície oceânica. Assim, não fique muito perto da costa, pois pode ser atingido por uma onda.
A próxima parada foi no Estádio de Futebol Sausalito. Esse estádio, construído em 1929, foi palco de vitórias do Brasil na Copa de 1962 (Brasil 2 x 0 México / Brasil 2 x 1 Espanha / Brasil 3 x 1 Inglaterra). Ao lado do estádio, vemos uma laguna belíssima, a Laguna Sausalito!
Próximo ao estádio, temos um mirador, de onde vemos Viña del Mar do alto. Uma das mais belas vistas que tive no Chile. O mirador se chama Padre Alberto Hurtado e foi inaugurado em 1994.
Depois de descer do mirador, fomos ao Museu Fonck. Lá está um acervo de arqueologia e história com peças do Chile, do Peru e do Equador. A principal atração é a coleção de mais de 1.400 itens da Ilha de Páscoa. Entre eles, um moai, uma das misteriosas esculturas da ilha, levado a Viña na década de 1950. Para entrar no museu é necessário pagar, agora não me lembro quanto, mas eu não entrei pois não ia dar tempo. Mas se você não quiser entrar, não tem problema, o moai fica do lado de fora do museu, dá pra tirar foto com ele! =)
Ah! Esqueci de falar que a essa altura nossa van já estava cheia! Tinha paraguaios, peruanos, argentinos, e quem era a maioria? Isso mesmo: brasileiros!!! Nós ficamos amigas de outras 3 brasileiras e 2 argentinos quando chegamos à Quinta Vergara, que é um parque de araucárias cheio de sombra e bancos para descansar. No mês de fevereiro, o local se torna o principal ponto de interesse da cidade, por causa da realização do Festival Internacional da Canção, Roberto Carlos já cantou lá! Também na Quinta Vergara está o Museu de Belas Artes, o problema é que, depois do terremoto de 2010, o prédio ficou meio abalado e o museu está fechado. =\
Saindo da Quinta Vergara, lá fomos nós novamente ao Relógio de Viña del Mar, ainda mais lindo de dia! Fila pra tirar foto né? Uma curiosidade: o relógio, situado diante da praia de Caleta Abarca, foi construído especialmente para dar as boas vindas à Copa do Mundo de Futebol de 1962, disputada na cidade.
Depois do relógio, levamos quase 1 hora pra chegar a Reñaca, que é a praia mais agitada de Viña del Mar com vários restaurantes, boates e cafés. Lá você encontra várias opções pra almoçar. Eu e Laís almoçamos na Subway, enquanto os outros brasileiros almoçaram na Burger King, e as outras pessoas do tour, num restaurante chamado Las Terrazas de Alfredo.
De Reñaca direto para o outro lado da costa: Valparaíso. Quase 16hrs, chegamos a Val e fomos logo a uma das casas de Pablo Neruda. Essa casa, chamada de La Sebastiana, fica próxima ao Porto de Valparaíso. Pablo Neruda a escolheu para fugir do cansaço de Santiago. É possível visitar a casa, lógico que paga. Eu não visitei, mas nem precisa, porque a vista que se tem de Valparaíso de lá de cima é linda!
Saindo de La Sebastiana, levamos um susto quando ouvimos um som conhecido. Vocês acreditam que tinha um grupo de Escuela de Samba em plena ladeira de Valparaíso? Lógico que nós, brasileiros, saímos correndo atrás, sambamos, fizemos trenzinho... acabamos virando a atração da Escuela de Samba! Hahahaha e ainda por cima tinha uma tentativa de bonecos de Olinda. Rsrsrsrs
A essa altura já era de tardinha e tínhamos de ir correndo para um dos famosos ascensores de Valparaíso, mas antes, uma paradinha na Plaza Sotomayor. Essa praça é uma das principais da cidade e atualmente se constitui como um importante centro arqueológico. No centro da praça está localizado o Monumento aos Heróis de Iquique, dedicado aos mártires que participaram da batalha naval de Iquique e Punta Thick. Em frente ao monumento temos o prédio da Armada de Chile (Marinha).
Não tem pra ninguém! O principal ponto turístico de Valparaíso são os elevadores (chamados de Ascensor no Chile). Eles são antigos, e um é diferente do outro em tamanho, altura, data de construção e inclinação da subida. Dos quase 30 elevadores que funcionaram desde o ano de 1883, apenas 4 deles ainda estão em operação. Nós subimos o morro de ônibus para descer de lá pelo Ascensor Artilleria, contruído em 1893. A vista de Valparaíso lá de cima é a mais bonita que se pode ter! Fantástica! O Ascensor nada mais é do que um plano inclinado para nós baianos. Rsrsrsrs Apesar de sacudir um pouco ao descer um comprimento total de 175m, ele é seguro. Para descer você paga o equivalente a, mais ou menos, 100 CLP (menos de R$ 1,00).
Daí do ascensor, voltamos direto pra Viña del Mar. Fim do tour. =\ Mas as emoções não acabaram! Depois de pegar as malas e chegar umas 19hrs na rodoviária, descobrimos que não tinha mais ônibus pra voltar pra Santiago!!! Assim, tivemos de voltar pro hostel e dormir mais uma noite lá pra voltar no outro dia (segunda, feriado). Graças a Deus deu tudo certo! No outro dia de manhã voltamos pra Santiago e foi a partir desse dia que o frio começou a pegar!!!! Mas isso é história pro próximo post!
Bem, nós chegamos no Chile numa quinta-feira. Devido a confusão que foi quando vimos qual seria nossa moradia, e depois de saber que só poderíamos nos mudar na terça, eu e Laís resolvemos ir, logo no primeiro fim de semana, para Valparaíso e Viña del Mar.
Viña e Val (olha a intimidade rsrsrsr) são duas cidades, uma do lado da outra, no litoral chileno. Fica a mais ou menos 1h30min de Santiago. Pra ir é muito simples: a cada 10 ou 15min saem ônibus pra Val e Viña do Terminal Alameda, que é uma rodoviária que fica na estação de metro Universidad de Santiago. A passagem de ida custa entre 2.500 e 4.000 pesos. Eu e Laís acordamos cedo e fomos pra rodoviária. Assim que chegamos, uma moça de azul nos abordou querendo vender um tour pelas 2 cidades. Ficamos meio assim, mas pensamos: sozinhas não vamos conseguir conhecer tudo, então aceitamos! A empresa se chama Rodotour e custou 20.000 pesos (R$80,00) incluindo a passagem de ônibus de ida e volta. A única coisa que pedimos é que fizéssemos nosso tour no domingo, pois já íamos chegar lá no sábado quase 12hrs e ia ficar muito corrido. Tudo certo! A van ia nos buscar no domingo às 10hrs.
Um lindo pôr-do-sol em Viña |
Depois de deixar nossas coisas no hostel, fomos explorar a cidade. Fomos andando a procura de um restaurante pra almoçar e acabamos almoçando num supermercado. Depois andamos pra caramba até achar a orla de Viña! Lindíssima! Primeira vez que vi o gelado Oceano Pacífico! A partir da orla fomos para o Castelo Wulff. Esse castelo foi construído por Don Gustavo Adolfo Wulff Mowla, empresário e filantropo de Valparaíso, que decidiu construir uma imponente residência em um lugar muito especial: as rochas situadas entre a foz do Estero Marga-Marga e Caleta Abarca. Seu sonho se materializou em 1906.
Orla de Viña del Mar |
Castelo Wulff |
Depois de mil fotos e apreciar a paisagem linda, fomos em direção ao cassino, onde, incrivelmente, ia ter show de Alexandre Pires alguns dias depois. hahahahha Demos uma passeada pelo cassino, que graças a Deus não precisa pagar pra entrar, mas em compensação não pode tirar foto ¬¬. Já de noite, resolvemos voltar para o hostel.
O hostel oferece 2 computadores com internet na área de lazer, e foi por ali que conhecemos 2 uruguaios e 1 argentina. Depois de comer uma pizza com eles, fomos em direção ao famoso e grandioso relógio de Viña del Mar. Lindíssimo e cartão postal da cidade. Além disso, demos uma descidinha na praia pra tocar na água GELADA do Pacífico.
Foi em Viña del Mar que fomos apresentadas à bebida típica do Chile: o Pisco! Puro é muito forte, geralmente os chilenos a misturam com refrigerante: sprite, coca-cola (daí surge o famoso Piscola).
No outro dia acordamos cedo, deixamos nossas malas guardadas na recepção do hostel e fomos com a van fazer o tour. Primeiramente a van estava um pouco vazia... tinham mais umas 4 pessoas, e dentre elas, 1 brasileiro. Aprenda: brasileiro é igual a capim: todo canto tem!
Nossa primeira parada foi a Plaza Francisco Vergara. A impressão que voce tem é que tá numa deliciosa praça de uma cidade do interior. Pra completar o cenário só faltavam os velhinhos jogando dominó. rsrsrsrs Na praça está localizado o Teatro Municipal de Viña del Mar que é patrimônio arquitetônico.
Teatro Municipal |
Plaza Francisco Vergara |
Depois da praça, fomos pra orla de Viña na altura do cassino. Viña del Mar tem cerca de 3,5 quilômetros de praias banhadas pelas águas geladas do Pacífico. Graças à Corrente Humbold, a temperatura fica entre 12 e 16 graus. A faixa de areia é estreita e nessa época do ano é preciso tomar cuidado com as marejadas que são inundações costeiras associadas a sistemas de baixa pressão de tempo. Ela é produzida principalmente por ventos altos que empurram a superfície oceânica. Assim, não fique muito perto da costa, pois pode ser atingido por uma onda.
Hotel atrás do cassino |
Praia de Viña del Mar |
A próxima parada foi no Estádio de Futebol Sausalito. Esse estádio, construído em 1929, foi palco de vitórias do Brasil na Copa de 1962 (Brasil 2 x 0 México / Brasil 2 x 1 Espanha / Brasil 3 x 1 Inglaterra). Ao lado do estádio, vemos uma laguna belíssima, a Laguna Sausalito!
Laguna Sausalito |
Vista do Mirador Padre Alberto Hurtado |
Museu Fonck |
Moai |
Ah! Esqueci de falar que a essa altura nossa van já estava cheia! Tinha paraguaios, peruanos, argentinos, e quem era a maioria? Isso mesmo: brasileiros!!! Nós ficamos amigas de outras 3 brasileiras e 2 argentinos quando chegamos à Quinta Vergara, que é um parque de araucárias cheio de sombra e bancos para descansar. No mês de fevereiro, o local se torna o principal ponto de interesse da cidade, por causa da realização do Festival Internacional da Canção, Roberto Carlos já cantou lá! Também na Quinta Vergara está o Museu de Belas Artes, o problema é que, depois do terremoto de 2010, o prédio ficou meio abalado e o museu está fechado. =\
Museu de Belas Artes |
Quinta Vergara |
Saindo da Quinta Vergara, lá fomos nós novamente ao Relógio de Viña del Mar, ainda mais lindo de dia! Fila pra tirar foto né? Uma curiosidade: o relógio, situado diante da praia de Caleta Abarca, foi construído especialmente para dar as boas vindas à Copa do Mundo de Futebol de 1962, disputada na cidade.
O famoso relógio |
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Brasileiros da praia de Reñaca |
Vista de Valparaíso |
La Sebastiana |
Saindo de La Sebastiana, levamos um susto quando ouvimos um som conhecido. Vocês acreditam que tinha um grupo de Escuela de Samba em plena ladeira de Valparaíso? Lógico que nós, brasileiros, saímos correndo atrás, sambamos, fizemos trenzinho... acabamos virando a atração da Escuela de Samba! Hahahaha e ainda por cima tinha uma tentativa de bonecos de Olinda. Rsrsrsrs
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Samba em Valparaíso |
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Monumentos ao fundo |
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Armada de Chile |
Não tem pra ninguém! O principal ponto turístico de Valparaíso são os elevadores (chamados de Ascensor no Chile). Eles são antigos, e um é diferente do outro em tamanho, altura, data de construção e inclinação da subida. Dos quase 30 elevadores que funcionaram desde o ano de 1883, apenas 4 deles ainda estão em operação. Nós subimos o morro de ônibus para descer de lá pelo Ascensor Artilleria, contruído em 1893. A vista de Valparaíso lá de cima é a mais bonita que se pode ter! Fantástica! O Ascensor nada mais é do que um plano inclinado para nós baianos. Rsrsrsrs Apesar de sacudir um pouco ao descer um comprimento total de 175m, ele é seguro. Para descer você paga o equivalente a, mais ou menos, 100 CLP (menos de R$ 1,00).
Vista do ascensor |
Ascensor Artilleria |
Daí do ascensor, voltamos direto pra Viña del Mar. Fim do tour. =\ Mas as emoções não acabaram! Depois de pegar as malas e chegar umas 19hrs na rodoviária, descobrimos que não tinha mais ônibus pra voltar pra Santiago!!! Assim, tivemos de voltar pro hostel e dormir mais uma noite lá pra voltar no outro dia (segunda, feriado). Graças a Deus deu tudo certo! No outro dia de manhã voltamos pra Santiago e foi a partir desse dia que o frio começou a pegar!!!! Mas isso é história pro próximo post!