quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Espanha – Sevilha em 1 dia!

Como expliquei lá no primeiro post dessa série, nosso foco nessa viagem à Europa era ir para o Algarve, Portugal. Mas como Faro, a capital do Algarve, fica apenas a 2hrs de carro de Sevilha, pensamos: ah, por que não passar 1 dia lá?

Quando alugamos o carro, informamos na locadora que iríamos para a Espanha, então é incluída uma taxa de € 30,00, que somando a gasolina e dividido por 2, sairia mais barato e confortável do que ir de ônibus.

A estrada é bem tranquila, e chegamos a Sevilha mais ou menos 12hrs. O chip de Portugal obviamente não funcionava na Espanha, e já sabendo disso, baixamos o google maps off-line. Era a única opção que tínhamos, mas confesso que não foi fácil. As ruas de Sevilha são bem estreitas e um tanto confusas, então foi difícil achar a rua do nosso hotel, mas conseguimos. E levamos um susto quando vimos quão estreita era a rua! Logicamente, não tinha estacionamento. Paramos pra deixar as malas e teríamos de deixar o carro em um estacionamento mais ou menos próximo dali. Agora, CUIDADO! As ruas de Sevilha têm umas bolas de ferro pelo chão. Quando fomos sair, sentimos que batemos o fundo numa dessas bolas, mas quando conferimos, não tinha acontecido nada... doce ilusão (no fim do post eu explico).
A estrada pra Sevilha
Ruas apertadas - tá vendo as bolas de ferro ali?














Sevilha foi civilizada pelos árabes por 800 anos, o que faz com que algumas de suas maiores construções sejam dessa época. E a arquitetura é realmente impressionante, podendo ser contemplada desde hotéis a construções imponentes como o Real Alcázar e a Torre del Oro.

Quando saímos do estacionamento em direção ao rio Guadalquivir, pedimos perdão por todas as vezes que dissemos sentir calor na vida. Era impressionante os 48º que fazia naquele momento. Simplesmente, não há como descrever! Durante o dia, os termômetros marcaram impressionantes 51º! Era definitivamente o dia mais quente do ano! Mortas de calor, pelo menos pensamos: ok, podemos falar que estávamos em Sevilha no dia mais quente do ano!
Atravessando o rio Guadalquivir - vocês não fazem ideia do calor!
Atravessamos a Puente de Isabel II e fomos andando pela Calle Betis até um dos únicos restaurantes abertos, o Abades Triana (já passava de 13:30, horário em que começa a famosa siesta). O restaurante possui ambiente climatizado, e era tudo o que a gente mais queria! Bem chique e sofisticado, aceitamos gastar um pouco mais do que o normal nesse almoço pra provarmos uma comida saborosa tendo uma linda vista da Torre del Oro. Foi aí no Abades que eu comi a comida mais saborosa de toda a minha viagem: risotto de trufas y setas con pluma ibérica y lascas de jamón, que nada mais é que um delicioso prato de risoto com cogumelo, carne, e fatias de presunto parma (chega me deu água na boca agora!).
Melhor comida da viagem
Almoçando com essa vista










Depois de tomar coragem de voltar a sair no calor, resolvemos passar no hotel pra tomar um banho. Gente, é sério, indescritível esse calor! Fomos então pra um dos pontos turísticos mais famosos de Sevilha: o Real Alcázar, mas a fila estava gigante! E ficamos com medo de demorar tanto que perderíamos o pôr do sol a partir do Metropol Parasol. Desfrutamos então da beleza da Catedral de Sevilla, que fica bem em frente ao Real Alcázar. Essa catedral é a maior da Espanha, e a terceira maior do mundo. Mas é a maior catedral gótica do mundo, e nela estão sepultados vários personagens importantes, como Cristóvão Colombo. A catedral foi edificada no solar que ficou após a demolição da antiga Mesquita Alfama de Sevilla. Convertido em campanário para a catedral, La Giralda é uma torre de mais de 100m que servia como minarete para a mesquita, ou seja, era de lá que se anunciavam as cinco chamadas diárias para oração.
Lateral da Catedral de Sevilla
La Giralda














Por ali pela Plaza del Triunfo, de onde podemos ver a lateral da Catedral e a Porta do Leão, que é a entrada do Real Alcázar, ficam várias carruagens para se fazer passeio. Os condutores enchem o saco perguntando se você quer. Já na Plaza Virgen de los Reyes, podemos avistar o belíssimo prédio da Archidiócesis de Sevilla. E na Calle de Placentines é que é possível tirar uma foto com La Giralda. Por essa região tem algumas lojinhas de souvenir, mas não recomendo, são um pouco mais caras.
Archidiócesis de Sevilla
As carruagens














Da Plaza del Triunfo para a lindíssima Plaza de España. Antigamente, havia jardins privados do Palacio de San Telmo, doados ao povo em 1893 pela Infanta María Luisa. Esses jardins foram reformados para a Exposição Ibero-americana de Sevilha de 1929 e inspirados nos Jardins do Alhambra (Granada) e nos Alcázares de Sevilha. A Plaza de España, então, está ao lado do Parque María Luiza e conta com 48 bancos na parte interna dos arcos da estrutura. Cada banco mostra imagens de azulejos de cerâmica retratando um importante fato histórico do lugar de uma província da Espanha. 4 pontes que cruzam o canal representam os 4 antigos reinos que se “uniram” para formar a Espanha. A praça é bem grande e linda, digna de fotos de cada ângulo dela. Alguns filmes tiveram a praça como cenário, são eles Lawrence da Arábia e Guerra nas Estrelas I e III.
Linda Plaza de España
Dali para o Metropol Parasol tomamos um taxi, porque estava muito calor! Esse monumento é uma construção de madeira terminado em 2011, cujo desenho foi inspirado nas abóbodas da Catedral de Sevilla. Já sabíamos que os moradores da cidade não gostam muito do monumento, apelidado de Las Setas de Sevilla (setas = cogumelo). Isso porque a inauguração aconteceu com anos de atraso, e porque tira Sevilla da lista das cidades grandes espanholas sem um ícone arquitetônico contemporâneo no centro histórico. A verdade é que a construção parece mesmo ser um guarda-sol metropolitano (tradução de Metropol Parasol), e é muito maior do que eu esperava! Ele tem 4 pisos: subterrâneo: onde há vestígios arqueológicos romanos e árabes em exibição; o piso 1, térreo, onde tem lojas; e os pisos 2 e 3, que são terraços panorâmicos, com lindas vistas de Sevilla, e do pôr-do-sol. Pagamos € 3,00 para subir, e na entrada está incluída uma bebida no restaurante lá em cima, onde também provamos as famosas tapas, prato típico espanhol. Achei um pouco sem graça, mas não é ruim.
Um refresco e as tapas
Metropol Parasol visto de cima










Las Setas de Sevilla
Do Metropol fomos andando pela Calle Laraña até o El Corte Inglés, uma cadeia espanhola de lojas de departamento onde é possível comprar de roupa a artigos de viagens, passando por perfume, souvenir, brinquedos, etc. Ali pela região também estão diversas lojas como H&M, Zara, Hugo Boss, etc. Mas como eu falei, o pôr-do-sol foi quase às 21hrs, então quando descemos já eram mais de 22hrs, e já estava tudo fechado, ou fechando. Passamos então na 100 Montaditos, uma lanchonete que oferece 100 tipos diferentes de sanduíches (bem pequenos) por mais ou menos € 1,00. Vale a pena pela praticidade e por ser barato, mas não é lá uma gostosura gastronômica.

Dormimos no Hotel Un Patio al Sur, o qual também indico. É bem localizado, e mesmo nosso quarto sendo pequeno, era muito bom.

As coisas em Sevilha são bem perto umas das outras, ou seja, dá pra fazer um turismo a pé, a menos que você vá no verão como nós (risos). Enfim, acordamos e fomos andando pela Avenida de la Constitución, onde tomamos café na Starbucks. Dica: prove o croissant de lá, é uma delícia e custa menos de € 2,00. Dali é só andar mais alguns metros e chegamos no Real Alcázar. Dessa vez não teve jeito. Enfrentamos a fila, que estava grande, mas até que não demorou. Pagamos € 9,50 pra visitar esse monumento construído com influências dos árabes, da Baixa Idade Média, do Renascimento e do Barroco. Um alcácer é uma pequena vila fortificada, e esse de Sevilha foi utilizado como residência dos líderes árabes da época. Na verdade, hoje em dia o complexo ainda é usado pela família real espanhola. A construção se iniciou lá pelo século X, e cada monarca que ia passando acrescentava alguma coisa à construção. Os detalhes nas portas, janelas, azulejos, teto; pra todo lugar que se olha só se vê arte da mais linda! O ponto alto do Real Alcázar é o Pátio das Donzelas, belíssimo! Cuidado pra não tropeçar em um turista (risos). Além das belas construções, o Real Alcázar também conta com um imenso jardim, com suas fontes e labirintos. Programa imperdível!
Porta do Leão - entrada do Real Alcázar
Pátio das Donzelas














Detalhes dessa construção
Admirando essa obra de arte














Dali do Real Alcázar fomos andando até a Torre del Oro. Ela é uma atalaia, ou seja, uma torre de onde se vigia o território. Foi erguida lá pelo século XIII, e posteriormente foi usada como prisão. Atualmente é um museu naval, e pode-se subir ao seu topo.
Torre del Oro
A mais ou menos 1km de distância está a Plaza de toros La Maestranza, onde acontecem as famosas touradas. Não se sabe ao certo quando começou a ser construída, mas foi terminada em 1881, e possui um estilo predominantemente barroco. É possível fazer uma visita guiada pelo valor de € 7,00.
Plaza de toros La Maestranza
Por último, sempre gosto de dar indicação de onde comprar souvenirs. O Barrio Santa Cruz é um ótimo lugar! Tem várias lojas, uma atrás da outra, além de você ter a oportunidade de andar pelas ruas apertadíssimas de Sevilha!
Olha como essa rua é estreita!
Bem, depois disso tudo, hora de voltar pra Lisboa. A viagem de carro leva de 4 a 5hrs. E tentamos fazê-la de forma que pegássemos a estrada ainda com o dia claro. Chegamos em Lisboa quando realmente estava escurecendo e fomos direto devolver o carro. Lembra que eu falei que era doce ilusão achar que a batida nas bolas de ferro não tinha dado em nada? Pois é, quando chegamos na locadora, o funcionário descobriu uma mossa na porta do carona! Achamos que tínhamos batido atrás! Oo Mas ok, vamos ver quanto vai dar esse prejuízo... Levamos um baita susto quando ele nos disse: 420 EUROS! O quê??? Só resta eu voltar pro Brasil amanhã! Bem, como o aluguel do carro foi no cartão de crédito de Laís, esse preju também seria. Ficamos desesperadas, e quando já estávamos indo embora, lembramos que o seguro do cartão de Laís cobria aluguel de carro! Aí começou a saga: liga pro marido de Laís, liga pro amigo, liga pro cartão. O pessoal da locadora foi super simpático conosco, e ó que ficamos lá até mais ou menos 23hrs! Mas enfim, conseguimos dar o start na resolução desse problema todo. Foi todo esse desespero que pagamos por não adicionar o seguro total achando que nada ia acontecer... enfim, graças a Deus deu tudo certo!

Olha aí a mossinha
Já tarde da noite resolvemos tomar um Uber. Sim, em Lisboa andamos de uber 3 vezes. Foi barato e tranquilo, exceto que nesse dia já estávamos cansadas e super estressadas e a motorista do uber conseguiu se perde, mesmo usando o waze. Bem, eu não tenho certeza se indico o hostel que passamos a noite (risos). Pra nós o 4U Lisboa foi útil porque era perto do aeroporto, mas foi realmente muito difícil de encontra-lo tanto na chegada, quanto na saída quando o uber que ia nos buscar no dia seguinte também não conseguia achar. E ainda, quando chegamos, não fazíamos ideia de que ficava lá. Fica em um prédio residencial, e precisamos avisar que estávamos chegando, porque não tem recepção. O apartamento é bem arrumado, e o quarto era bom, e acho que eu teria tido uma boa noite de sono, se não fosse a dor de barriga, o estresse, e o calor (não conseguimos descobrir onde era o ar condicionado). Mas enfim, próximo post, Alemanha!

Fotos: Laís Dourado e Aline Brandão

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Algarve: Praias lindas em Portugal! - Parte 2

Dia 3: Portimão, Algar Seco, Praia do Carvalho e Sagres 
No verão da Europa o dia é bem longo. Amanhece mais ou menos 7hrs e o sol só se põe mais ou menos às 20hrs (em Portugal, no caso). Não conseguimos nos adaptar a isso (risos). Na verdade, acordávamos às 8hrs, e daqui que nos arrumássemos, tomássemos café, e chegássemos à praia, já eram quase 11hrs! Como eu falei, a região do Algarve possui muitas praias, e seriam necessários uns 10 dias pra conhecer e desfrutar todas. Então nós íamos nas praias, sentíamos a vibe, e decidíamos se ficaríamos nela ou não.

Nesse dia, acordamos e fomos para Portimão. Nela eu tinha conhecimento da Praia da Rocha. Fomos andando pela Av. Tomás Cabreira até chegar no Miradouro dos Três Castelos. E foi aí que decidimos não ficar na Praia da Rocha, pois ela não tinha nada que nos encantasse. Era uma praia com uma larga faixa de areia, cheia de gente! Do lado direito do mirador estava a Praia dos Três Castelos, mais bonita e com menos gente. Mas pensamos: já estamos um pouco adiantadas no tempo, vamos dar prioridade a outras praias. Andamos mais um pouco pela avenida até a Rua da Falésia. Essas 2 ruas têm algumas lojinhas de souvenir, e lojas como a Ale-Hop, cheia de trecos legais como cadernos, sandálias, carteiras, etc.
Praia da Rocha
Praia dos Três Castelos











Como nosso próximo destino era a Praia do Carvalho, em Carvoeiro, decidimos almoçar naquele mesmo restaurante nessa freguesia, o Vimar. Dessa vez experimentamos as sardinhas – de comida simples no Brasil a um prato típico português. O garçom César nos deu uma dica imperdível, algo que não estava na nossa programação, mas que eu indico a todos que forem ao Algarve: o Algar Seco. É um conjunto de rochas, e quando chegamos não tínhamos noção do que ele nos traria. Você vai descendo as várias escadas até se deparar com um lago bem verdinho no meio das rochas. As pessoas tomam banho, mas cuidado pra não se ralar todinho, como Laís (risos). Depois você volta e vai em direção a um restaurante, onde você pode tomar um sorvetinho pra se refrescar. Dali você já avista A Boneca, uma formação rochosa impressionante. Você vai por um corredor até avistar como que uma sala com 2 janelas com a mais bela vista. Queríamos tirar foto de todos os ângulos, tamanha a beleza desse lugar! Lógico que voltamos lá no restaurante e agradecemos o César por essa fantástica indicação!
Sardinhas
Escadas no Algar Seco










Essa linda surpresa no Algar Seco
Tomar um sorvetinho com essa vista










Vamos ver o que A Boneca nos reserva
Essa linda paisagem












Fomos então para a Praia do Carvalho. Essa foi a mais difícil de acessar, já que é necessário passar por uma estrada de terra pra chegar nela. Inclusive, não vi placas indicando que aquela era a entrada, mas o waze nos levou certinho pro lugar. O estacionamento também é um tanto improvisado, e depois ainda é necessário descer uma ladeirinha de terra. Mas quando você chega ao “mirante”, a vista é maravilhosa! Uma descida numa escada e um corredor improvisados também e uma vista linda da água azul dessa pequena praia cercada pelas falésias. Também bem cheia, essa praia só tem um problema: no final da tarde, o sol vai se escondendo por trás do paredão, e num instante ela já fica toda na sombra =/. Mas a Praia do Carvalho possui uma atração: uma subida no meio do paredão te leva para um ponto de onde as pessoas pulam no mar. Laís, que é a corajosa de nós 2, levou alguns minutos, mas pulou! Nessa praia ficamos um pouco mais de tempo, mas também já tínhamos de ir correndo para Sagres para ver o pôr-do-sol.
A Praia do Carvalho
Olha a cor desse mar










Vista do buraco onde as pessoas pulam
Chegando na praia















Em Sagres, tínhamos a indicação da Praia do Beliche, que fica ao lado da Fortaleza de Sagres, mas quando chegamos vimos que também era mais uma praia com uma larga faixa de areia, bem normal, e não nos arrependemos de não ter ficado lá, principalmente com toda a ventania que estava fazendo.
Chegando em Sagres - olha a Praia do Beliche ai
O Cabo de São Vicente é o grande ponto de Sagres. É um cabo situado no extremo sudoeste de Portugal, e é um dos pontos mais a ocidente da Europa. O historiador, geógrafo e filósofo grego Estrabão acreditava que ali era o ponto mais ocidente de todo o mundo. Ele também relata que o sol pode ser 100x maior no pôr-do-sol em Cabo de São Vicente, e olha, realmente o pôr-do-sol ali é impressionante! A zona do Cabo de São Vicente era muito perigosa para navegação por causa do risco de serem empurrados pelas ondas nas falésias. Realmente é um paredão imenso! E uma vista impressionante! O horizonte te dá realmente a impressão de que não há mais nada do outro lado do mar.
O farol no Cabo de São Vicente
O pessoal procurando o melhor lugar pra ver o pôr-do-sol











Ver o pôr-do-sol em Sagres é imperdível! Leve seu casaco, porque lá venta que é uma beleza, e procure seu lugar para vislumbrar essa obra-prima de Deus. Fica lotado! 
Pôr-do-sol
Dia 4: Lagos 
Esse era o nosso penúltimo dia no Algarve, e resolvemos dedica-lo à cidade de Lagos, onde tem praias belíssimas e a cidade é uma graça!

Desde já indico o Hotel Lagosmar. Apesar de ser bem complicado chegar nele de carro, e ficar numa rua bem apertada, o hotel é MUITO bem localizado. Pra guardar o carro ou você conta com a sorte de ter uma vaga em algum lugar próximo ao hotel, ou coloca num estacionamento pago e conta com o desconto do hotel. Pra mim, o único defeito do hotel é não ter frigobar no quarto – perdemos várias coisas que compramos. Mas vamos às atrações de Lagos.

Começamos o dia na Ponta da Piedade, que é um monumento natural com várias formações rochosas de até 20m de altura. Pra chegar lá embaixo, lógico, uma escadaria imensa! Mas vale a pena! De lá também saem passeios pelas grutas, mas se ligue, eles só saem quando a maré está alta.
Que cenário lindo!
Passeios saem daqui











Estava muuuito calor, e subir aquelas escadarias não foi nada fácil, mas depois de tomar um sorvete no restaurante Sol Nascente, ali na frente do estacionamento da Ponta da Piedade, fomos rumo à praia tida como a melhor do mundo pela revista espanhola Condé Nast Traveller, e a mais bonita de Portugal, a Praia de Dona Ana.

Essa praia é muito maior do que eu esperava, e com o visu da maioria das praias do Algarve: escada enorme pra descer, paredões de falésias e rochas no mar. A Praia de Dona Ana é realmente muito bonita, e tem até uma grande faixa de areia, na qual você pode escolher a concha que quiser levar pra casa (tem de tudo quanto é tipo). Mas eu confesso que não foi a praia que achei maaaais bonita. Ficamos um pouco por ali, mas escolhemos ir para outra praia e terminar o dia nela: a Praia do Camilo.
Dona Ana vista de baixo
Panorâmica de Dona Ana




Bem pertinho da Dona Ana, a Praia do Camilo é a que tem a maior escadaria! E é uma das menores praias que fomos, e chegamos a essa conclusão: gostamos mais das praias pequenas. A faixa de areia no Camilo é bem pequena, e precisamos caçar um pedacinho pra estender a canga e relaxar. Essa praia foi a 1º em que eu decidi tomar banho de mar. Pois é, eu sempre achava a água muito gelada, mas esse dia estava muuuito calor, então eu não resisti! Estava uma delícia. Ali na chegada da Praia do Camilo tem um restaurante muito indicado também, o Restaurante O Camilo.
Praia do Camilo - tá vendo a escadaria?
Amei essa praia!












Esse foi o único dia em que conseguimos voltar ao hotel enquanto ainda estava claro. Isso porque queríamos ver a Marina de Lagos. Muito fofinha, fomos passeando pela marina e degustamos um famoso doce português típico do Algarve, a Bola de Berlim, que nada mais é que um sonho, mas com recheio de creme pasteleiro, feito com água, leite, açúcar, farinha, gemas e claras de ovos, limão, baunilha e manteiga. É uma delícia!
Lagos é lindinha!
A Marina de Lagos










Bola de Berlim
O centrinho de Lagos é a agitação da noite, com bares, restaurantes, boates e várias lojinhas, inclusive de souvenir! Passeamos por ali até encontrar o restaurante Os Arcos, onde comemos outro prato típico, o bife à portuguesa. Além de ter um garçom brasileiro, o Jáder, e brasileiros quando se encontram, já viu né?
Bife à portuguesa

Centrinho de Lagos













Dia 5: Praia da Marinha e Faro
No nosso último dia no Algarve, voltamos pra onde consideramos ter as melhores praias: Carvoeiro, Lagoa. Fomos conferir uma linda vista da freguesia e fomos pra última praia: Praia da Marinha. Essa praia é bem grande, mas não tínhamos noção do trabalho que dava pra chegar nela.
A freguesia de Carvoeiro
Praia da Marinha












Primeiro, vá até o mirante e tire várias fotos, depois comece sua descida, que dessa vez não é bem por uma escada, é meio que uma ladeira, e tome cuidado com as pedras escorregadias. Quando você chegar lá embaixo, vai dar de cara com um restaurante, e na frente dele, a 1º parte da Praia da Marinha. Essa parte é bem pequena, e quando chegamos a maré estava subindo. Uma falésia divide a passagem pra outra parte da Praia, e descobrimos que se a maré subisse, não conseguiríamos passar com tranquilidade com todas as nossas bolsas, e boias! Como ainda levaria mais ou menos 1 hora pra começar a ficar difícil de passar, fomos pro outro lado logo. Ficamos ali um tempinho, apreciando a beleza, e sentindo muito calor! E resolvemos voltar pro outro lado, onde realmente fixamos raízes. Eu até tirei alguns cochilos (risos).
Chegando na 1º parte da Praia da Marinha
2º parte da Praia da Marinha












Muita gente leva boia pras praias lá no Algarve, já que não tem muita onda no mar. Nós só lembramos das nossas nesse último dia! Enchemos num posto de gasolina e resolvemos usá-las lá na Praia da Marinha. Foi um pouco difícil usar a boia, já que a maré estava subindo e o mar estava muito agitado. Só era possível entrar no mar na 2º parte da praia, porque na 1º tem muitas pedras, e fica difícil com a maré enchendo. Então fui pro outro lado, passando correndo desesperada pela falésia onde as ondas batiam, e entrei no mar com boia e GoPro. Foi difícil, eu sei que muita gente deve ter gargalhado de mim, mas consegui essa foto (risos).
Consegui minha foto!
Nesse dia nos mudamos pra Faro, a capital do Algarve porque é o ponto mais próximo de Sevilha, nosso próximo destino. Quando o sol já ia se pôr, fomos passear pela cidade, que tem muito menos agitação que Lagos, mas também tem uma Marina bonita.
Marina de Faro
Nosso primeiro ponto foi o Arco da Vila, que foi mandado construir pelo Bispo D. Francisco Gomes do Aviar em substituição de uma das antigas portas da cidade. O arco parece uma igreja olhando de fora, mas você passa por ele e vai subindo pela característica rua portuguesa, bem apertadinha, até o Largo da Sé, onde está a Igreja Jubilar.
Faro
Arco da Vila














Igreja Jubilar
As ruinhas de Faro














Voltamos pro centrinho de Faro, onde as lojas estavam fechadas, pois era domingo, e encontramos o restaurante Faaron. Nele provamos o porco preto, bem saboroso. Também provei um gelado (sorvete) de Dom Rodrigo, um famoso doce português. Eu gostei muito do sorvete, mas não do doce, que eu achei realmente muuuuuito doce, feito de água, açúcar, fios de ovos, gemas, miolo de amêndoa ralada e canela em pó.

Em Faro, recomendo o hotel Stay Faro. A localização é muito boa e o hotel é muito organizado. Infelizmente, também não tinha frigobar =/.

Resumo da ópera!
Bem, eu pesquisei muito sobre o Algarve e vi muitas fotos, mas realmente foi tudo praticamente bem diferente do que eu esperava! A maioria dos lugares me surpreendeu muito positivamente! As praias são muito limpas, e olha que nem vi lixeira por lá, e sempre tem estacionamento, e não é pago!


Realmente as escadarias são uma parte ruim, mas que valem a pena depois que você vê a beleza do lugar! Em todas as praias, muitas mulheres faziam topless, o que foi bem estranho pra gente!

Nossos dias lá foram bem corridos, porque queríamos ver o máximo de praia que conseguíssemos, mas para curtir cada praia, acho que uns 10 dias dá legal! Acredito que os 2 melhores lugares pra ficar por lá é em Carvoeiro ou Lagos, que são mais ou menos centrais. Além do que, Carvoeiro foi onde achamos as praias mais bonitas, e Lagos é onde tem mais agitação.

Nossas indicações de programações imperdíveis são:
- Praia do Vale Covo, Carvoeiro;
- Praia de Benagil, Carvoeiro – passeio de barco;
- Praia da Marinha, Carvoeiro;
- Praia do Carvalho, Carvoeiro;
- Algar Seco, Carvoeiro;
- Praia dos Arrifes, Albufeira;
- Praia dos Três Castelos, Portimão;
- Cabo de São Vicente, Sagres;
- Ponta da Piedade, Lagos;
- Praia de Dona Ana, Lagos;
- Praia do Camilo, Lagos.

Fotos: Laís Dourado e Aline Brandão