terça-feira, 27 de setembro de 2016

Lisboa em 1 dia!

Quando escolhemos os destinos da nossa viagem, o principal era o Algarve. Mas como eu não conhecia Lisboa, resolvemos passar o 1º dia explorando o que fosse possível dessa bela cidade!

Chegamos bem cedinho! Quer dizer, eram 5:55 da manhã, e o sol só deu o ar da graça lá pelas 7hrs! O clima estava friozinho, mas com um céu sem nenhuma nuvem! Até duvidei de que faria calor. Tivemos de esperar até às 8hrs pra tomar o ônibus do aeroporto que passaria pelo nosso hotel. Esse ônibus custa € 3,50, e você pode toma-lo durante todo o dia!

Escolhemos todos os nossos hotéis pelo Booking. O de Lisboa foi o Turim Restauradores Hotel. Então pegamos o ônibus até a parada Restauradores. Dali tivemos de ir andando até o hotel (menos de 5min). O problema é que pra chegar lá é preciso subir uma ladeirinha básica, o que é meio difícil com uma mala de 25kg né? (Vocês me verão reclamando muito da minha mala durante a viagem!). Mas esse é o único ponto negativo do hotel. Fora isso, ele é muito organizado e confortável! Indico!

Como chegamos bem cedo, não podíamos fazer check-in até as 14hrs, então deixamos as malas guardadas no hotel e fomos passear.

Dali do hotel fomos andando até a Praça Dom Pedro IV, onde encontramos uma loja da Vodafone, operadora telefônica muito famosa em toda Europa. Laís comprou um chip de 2gb por € 15,50. Isso foi fundamental na nossa viagem, preciso dizer! Usamos o google maps e o waze o tempo todo, e facilitou muito nossa vida!

Dali então, andando até a estação de metrô mais próxima para comprar um bilhete de ônibus (é um pouco difícil, mas é só seguir as instruções) e então fomos até a Praça Figueira, onde pegamos o ônibus para o Castelo de São Jorge. Alguns minutos e já estávamos lá em cima na porta do castelo! Haja ladeira! Graças a Deus chegamos cedo e não tinha fila! Compramos nossa entrada por € 8,50 e fomos aventurar o castelo.

A fortificação do Castelo de São Jorge foi construída pelos muçulmanos em meados do século XI, e servia como proteção para as elites da região. Depois da passagem do mundo islâmico pro mundo cristão, o Castelo foi transformado em paço real pelos reis de Portugal no século XIII, e recebia personalidades em grandes festas. No século XV, o Castelo passou a adotar um caráter mais militar, que durou até o século XX, quando ele foi considerado Monumento Nacional por causa de sua importância histórica, sendo remontadas até ocupações no século VII a.C. O Castelo ainda tem preservadas 11 torres e possui um sítio arqueológico. Mais informações: http://castelodesaojorge.pt/pt/
A frente

A fortificação por dentro













Uma vista linda de Lisboa está logo a frente quando entramos no espaço do Castelo. Muitas fotos, lógico! O espaço é imenso, e ficamos algumas horas passeando por ele e tendo as mais belas vistas. Na saída tem algumas lojinhas de souvenir, as quais não indico! Comprei algumas coisas e depois vi que paguei muito caro!

Linda vista de Lisboa
Dali descemos andando um pouquinho e demos de cara com o Mirador Santa Luzia. Com uma piscina onde o pessoal colocava os pés pra se refrescar, no mirador também temos uma linda vista de Lisboa, e ainda um painel com os famosos azulejos portugueses! Ah, a essa altura, já estava muito quente! Nunca imaginei que fizesse tanto calor assim na Europa!
Lindos azulejos
Mirador Santa Luzia












Tomamos o ônibus de volta para a Praça D. Pedro IV e voltamos andando ao hotel pra fazer o check-in. Já era hora de almoçar.

Em minhas pesquisas, um restaurante muito indicado era o Antigo 1º de maio. Colocamos no google maps e seguimos as instruções pra chegar lá andando pelo Bairro Alto. Gente, preciso dizer que são muuuuitas ladeiras! Não parava de subir! Não é a toa que chama Bairro Alto! Mas é uma graça, vale muito a pena! As ruinhas apertadas com suas pedras “escorregadias” portuguesas, e as casinhas coloridas! Parecia de brinquedo. Andamos muito pra achar esse pequeno e escondido restaurante. Procure bem e não desista! A comida e o atendimento valem a pena! Saboreamos um prato típico do restaurante: filetes de peixe galo com açordas. Eles até tentaram explicar o que era açordas, e eu também vou tentar explicar, mas só comendo pra saber! Açordas parece um purê, mas é feito com fatias de pão dormido, azeite, cebola, alho, coentro e amêijoas. Esse último é um tipo de fruto do mar que nunca vi aqui, e olha que eu sou da Bahia! Enfim, eu gostei muito do prato! E detalhe, vem bastante comida. Nem conseguimos comer tudo! O prato custou € 12,90, que é mais ou menos a faixa de preço de um prato em Portugal.
Filetes de peixe galo com açordas
As ruinhas me lembraram o Pelourinho














Saímos de lá satisfeitas e fomos andando até dar de cara com a Praça Luís de Camões, que me pareceu ser um ponto de encontro da boêmia lisbonense. Logo ali, a estátua de Fernando Pessoa fica bem ao lado do famoso café A brasileira. A partir daí, pela Rua Garrett, muitas lojas marcam as ruas do famoso Bairro Chiado até chegar no Armazéns do Chiado, e andando só mais um pouquinho, chegamos no Elevador de Santa Justa. Não subimos nele, pois a fila estava IMENSA! Mas ele custa € 2,80 pra subir e descer.
Fernando Pessoa
Praça Luís de Camões














Elevador de Santa Justa
Café A Brasileira















Quando você pega o mapa da cidade, parece q as coisas ficam longe, e eu falando que fui andando pra cima e pra baixo, pode parecer que foi cansativo. Mas em Lisboa, a maioria das coisas ficam bem próximas. Aí do Elevador de Santa Justa fomos andando para a Rua Augusta. Ela estava lotada de turistas, já que é repleta de restaurantes, lojas de todo tipo, inclusive de souvenir (agora sim eu as indico), e leva a um dos lugares mais bonitos de Lisboa: o Arco da Rua Augusta e a Praça do Comércio.

O Arco é fantástico! Fico impressionada com essas construções enormes, antigas e cheias de detalhes! Ele foi finalizado em 1873, e em seu topo, podemos ver as esculturas que representam a Glória, coroando o Génio e o Valor. Em baixo são vistas as esculturas que representam Nuno Álvares Pereira, Viriato, Vasco da Gama e o Marquês de Pombal, e nas laterais, o rio Tejo e o rio Douro. Em seu topo está escrito: VIRTVTIBVS MAIORVM VT SIT OMNIBVS DOCVMENTO (“Às Virtudes dos Maiores, para que sirva a todos de ensinamento. Dedicado a expensas públicas”).

A Praça do Comércio se localiza numa zona onde ficava o palácio dos reis de Portugal durante cerca de dois séculos. Ela era a entrada nobre de Lisboa. Após o terremoto de 1755, o espaço ficou arruinado, então foi desenhada a Praça do Comércio. Ela é uma das maiores praças da Europa, com cerca de 36.000m², e é considerada o "centro oficial da capital e do governo do país", sendo hoje ocupada por ministérios e outros departamentos governamentais. A estátua no meio da praça é um monumento ao rei D. José I. Lá venta bastante! E ali do lado também estão alguns restaurantes. Tomamos um gelado delicioso no Nosolo Italia. E vimos um negócio interessante: o guarda-sol das mesas espirravam água pra amenizar o calor! Gente, quando será que isso vai chegar aqui em Salvador? Risos.
O arco visto a partir da Rua Augusta

A Praça do Comércio













Ali mesmo na frente do Arco da Rua Augusta, tomamos um ônibus para a Torre de Belém, essa sim fica um pouco mais longe e não dá pra ir andando. Agora preste atenção: pra ir pra Torre de Belém você precisa parar na estação Torre de Belém e não na Belém.

Soltamos e atravessamos pra ver essa linda construção que parece de brinquedo. Inicialmente com função militar de proteger o Rio Tejo, a torre foi finalizada em 1519. Com detalhes lindos na construção, ela é toda rodeada por decorações do Brasão de armas de Portugal, incluindo inscrições de cruzes da Ordem de Cristo nas janelas de baluarte. Infelizmente não conseguimos entrar, porque estava tão cheio de turistas que não dava mais... mas tudo bem, apreciamos por fora mesmo. A entrada na torre custa € 6,00, mas se você quiser visitar a torre e o Mosteiro dos Jerónimos, tem um combo no valor de € 12,00. Mais informações: http://www.torrebelem.pt/pt/index.php?s=white&pid=193&identificador=
Fofinha a Torre de Belém
Daí da torre você pode ir andando até o Padrão dos Descobrimentos. Eu nem consigo falar sobre isso que me dá vontade de chorar... o Padrão estava reformando =/. Ou seja, não consegui vislumbra-lo. Mas consegui perceber como ele é enorme! Eu não fazia ideia! O Padrão é uma escultura que engrandece a expansão ultramarina dos portugueses, além de engrandecer o infante D. Henrique. Além de sua estátua na frente, o padrão conta com a representação de mais 32 personagens importantes como navegadores, colonizadores, evangelizadores, etc. Pedro Álvares Cabral está lá representado.

Tudo bem, não vi direito, mas em frente ao Padrão há no chão feito de um tipo de rocha, a rosa dos ventos, no qual está um mapa mundi com os descobrimentos dos portugueses. Nosso Brasil tá lá representado, escrito Porto Seguro! LINDO!
Brasil =)
O Padrão tava reformando =/














Aí do lado do Padrão tem um restaurante muito famoso, o Portugália. Se puder, aprecie o famoso prato português: o bacalhau!

Do Padrão, é só atravessar a rua e você dá de cara com o Mosteiro dos Jerónimos. Em 1496, o rei D. Manuel I pediu à Santa Fé para que lhe fosse dada autorização de construir um mosteiro onde havia uma capela (na qual Pedro Álvares Cabral e Vasco da Gama faziam suas orações antes de partirem para as navegações). Depois de concedida, as obras do mosteiro se iniciaram em 1502, e foram escolhidos os monges da Ordem de São Jerónimo para ocupar o lugar (daí vem o nome). Eu imaginava uma construção maior, mas mais uma vez, os detalhes são impressionantes! Junto com a Torre de Belém, o Mosteiro está na lista das 7 maravilhas de Portugal.
O Mosteiro ao fundo
Aí é só dar mais uma andadinha e... PASTEL DE BELÉM! A culinária portuguesa é muito rica, e ir a Lisboa e não comer o Pastel de Belém é como vir a Salvador e não comer acarajé! No início do Século XIX, em Belém, junto ao Mosteiro dos Jerónimos, havia uma refinaria de cana-de-açúcar associada a um pequeno local de comércio. Depois da revolução Liberal, foram encerrados todos os conventos e mosteiros de Portugal, resultando na expulsão do clero e dos trabalhadores. Mas para sobreviver, alguém do Mosteiro colocou pra vender nessa loja uns doces pastéis, que logo foram chamados de “Pastéis de Belém”. Então em 1837, foi fundada a fábrica de Pastéis de Belém, e a receita usada naquela época é a mesma até hoje! O pastel, que mais parece um bolinho, é muito barato! € 1,05, e geralmente é tomado com uma xicrinha de café!
Delícia!

Uma explicação: o nome do doce é Pastel de Nata. Todo pastel de Belém é pastel de Nata, mas nem todo pastel de Nata é pastel de Belém, entendeu? Risos.

Obs.: Se você, como eu, se perguntava como ia fazer pra trazer pastel de Nata pro Brasil, não sei preocupe. Quando você estiver voltando, é só passar no Freeshop de Lisboa e você vai encontrar Pastel de Nata por € 10,00 (carinho né? Mas que jeito?).

Tomamos o ônibus de volta para a Praça do Comércio, e a essa altura já eram 20hrs, e foi aí que o sol se pôs... pois é... isso foi muito confuso! O friozinho também começou a bater!

Voltamos na Rua Augusta pra comprar alguns souvenirs e apreciar mais um prato típico da culinária portuguesa: o pastel de bacalhau! Bem, ele não é bem um pastel, é mais um croquete. Mas é delicioso, com queijo derretido dentro! Huuuum!

Voltamos pro hotel já quase às 22hrs! Socorro! Amanhã temos de acordar cedo pra viajar pro Algarve!

Lisboa me lembrou Salvador! Eu explico: as ladeiras e casinhas, uma colada na outra! Parecia um Pelourinho mais organizado (risos). Os portugueses foram muito simpáticos, e o dia que passamos lá conseguimos ver muita coisa! Mas me deixou com gostinho de quero mais! Quem sabe um dia eu volto...

Fotos: Laís Dourado e Aline Brandão

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