terça-feira, 27 de agosto de 2019

Conhecendo Edimburgo a pé

Eu não contei antes, mas eu parti pra Escócia com meu amigo, Vitinho, e o primo dele, Allan. Acontece que no 2º dia de viagem, Allan amanheceu doente, e passou o resto dos dias na Escócia preso no quarto do hotel! Nesse 2º dia, então, eu e Vitinho partimos sozinho pras aventuras que Edimburgo tinham pra gente.

Uma coisa que eu esquecia de fazer era conferir o horário que os lugares abriam, então quando chegamos no nosso primeiro destino do dia descobrimos que faltava alguns minutos pra abrir o Holyrood Palace. Vamos lá para os destinos do dia:

1. Palácio de Holyrood
É um palácio onde até hoje a realeza fica hospedada. Na parte mais antiga do castelo, é possível visitar a torre em que estão os quartos onde morou Mary, Rainha dos Escoceses. Também é possível visitar a abadia Agustina de Holyrood, construída no século XII, que hoje está em ruínas, sendo um lugar romântico e misterioso. Acabamos decidindo não entrar no Holyrood Palace, porque achamos um pouco salgado, 15 libras (se você converter, aí mesmo você desiste). Seguimos então pro próximo ponto, que ficava do lado do palácio.
Holyrood visto a partir de Calton Hill

2. Holyrood Park
Nesse parque está o famoso Arthur’s seat. Ele é o maior pico do grupo de colinas que dominam a paisagem de Edimburgo, tento origem vulcânica de 251 metros e é um dos símbolos da cidade. Entre as teorias para a origem do nome está a que o monte estaria ligado a lenda do Rei Artur.

Em minhas pesquisas, eu vi que dar a volta completa no parque e subir em Arthur’s Seat levaria 2 horas e meia. Mas pra ter as melhores vistas de Edimburgo, poderia subir nas colinas do mesmo parque (Salisbury Crags), que é mais tranquila e não exige tanto tempo. Mas na comparação ao vivo, eu não achei que a vista da Salisbury Crags ia ser tao maravilhosa quanto a do Arthur’s seat. Além disso, víamos idosos, cachorro, criança de colo subindo pro Arthur’s, então pensei: não deve ser tao difícil.
Ruínas na subida do Holyrood Park
O pico lá de cima é o Arthur's seat













Tem hora que a subida é fácil
Mas tem hora que é mais difícil


Bem, eu não me arrependo, porque ao longo do caminho as vistas são maravilhosas, la em cima então... mas não é fácil. Levamos 50min para subir por conta de paradas para fotos, descanso e dificuldade na subida quando vai chegando no topo. Mas não deixem de subir por preguiça. Que vista sensacional!!!! Dica: não esqueçam de levar uma garrafa de água, porque essa subidinha cansa.





Na hora de descer, fizemos outro caminho pra dar a volta no parque e sair mais perto do nosso próximo ponto, mas eu realmente não sei se esse era o caminho mais rápido, so sei que eu não aguentava mais andar e meu allstar (não é o melhor tênis pra subir no Arthur’s seat) já tava me dando calo. Tentamos pegar um ônibus, maaaas eles nunca tinham troco, mas se fosse só de 0,40! E foi assim, andando desse jeito que conhecemos quase Edimburgo toda!

3. Greyfriars Bobby
Vitinho quase me matou quando chegamos nesse ponto: “você me trouxe pra ver uma estátua de um cachorro? Eu tô com fome!” Sim, foi rapidinho, porque eu queria conhecer Bobby, um cachorro da raça Skye Terrier, que foi o melhor amigo do policial John Gray até sua morte por tuberculose em 1858. Depois que seu dono foi enterrado no Cemitério Grayfriars, Bobby não saiu do lado da tumba nunca mais (por isso é conhecido como Greyfriars Bobby). Durante os 14 anos seguintes, Bobby permaneceu ao lado do seu dono enquanto os habitantes da cidade se encantavam com ele e lhe levavam alimentos. Em 1872 Bobby faleceu e finalmente descansou em paz junto à tumba de seu querido dono. Se você tem a impressão que já viu essa história, sim, ela já inspirou alguns filmes, e um dos mais conhecidos é Sempre ao seu lado, com Richard Gere.














4. Grassmarket 
Ainda tentando chegar ao centro pra almoçar, passamos pela Grassmarket, uma região com hotéis, lojas, restaurantes com mesas ao ar livre, cafeterias, pubs e casas noturnas, sendo considerada um dos principais pontos de interesse da capital escocesa. A região se destaca pelo forte comércio e pela variedade de entretenimento; é um local indicado para quem quer fazer compras, para fazer uma refeição ou curtir a vida noturna. Mas era meio-dia, e infelizmente não conseguimos um espaço num restaurante pra almoçar.

Sinto informar, mas no desespero da fome, acabamos almoçando McDonald’s e economizamos pra ter um jantarzinho legal.

5. Galeria Nacional da Escócia
Ali pertinho da McDonalds fica a Galeria Nacional da Escócia, e demos uma passadinha pra conferir obras maravilhosas. Construída em 1859, ela possui a maior coleção de arte da Escócia, e sua entrada é gratuita.














6. Princess Street
A “dois” passos da galeria fica o Princess Garden, que durante todo o ano, é um dos pontos de encontro mais importantes de Edimburgo, sendo a fonte Ross o monumento mais importante do local. Essa fonte foi instalada em 1872 depois de ter sido exposta na Grande Exposição de Londres de 1862. Ficamos por ali descansando e observando o movimento, apenas curtindo o sol que não queimava, mas deixava a temperatura maravilhosa. Dica: não perca a foto com a fonte e o castelo de fundo.



Acho que pensamos que já não tínhamos andado o suficiente pela cidade, e demos mais uma volta pra chegar ao próximo ponto.

7. Royal Mile
Esse é o nome popular para a sucessão de ruas que formam a principal via do centro histórico de Edimburgo. Já tínhamos passado por ela no dia anterior, ela High Street, mas resolvemos voltar esse dia para passar nas lojinhas de souvenir. Sim, lá é cheio de lojinhas! Aproveite! Você pode achar que é mais caro e vai achar mais barato em outro lugar, etc. Mas não, eu sempre achava pelo mesmo preço, e lá na Royal Mile as coisas são mais bonitas, então não se estresse e se entregue a essas lojinhas mesmo.

Royal Mile
A distância da Royal Mile é de aproximadamente uma milha escocesa, e se estende entre os dois pontos históricos da cidade: a partir do Castelo de Edimburgo até a Abadia de Holyrood. As ruas que compõem a Royal Mile são: Castle Esplanade, Castlehill, Lawnmarket, High Street, Canongate and Abbey Strand.

Esse dia andamos muito, muito mesmo, mas ainda encontramos perna pra sairmos à noite pra jantar no The Cellar Door, que serve uma comida tradicional escocesa, em um ambiente de taverna. Eu comi Crispy Fishcake (Bolo de peixe crocante, salada e batata frita), Vitinho comeu Haggis Burger (hambúrguer de bucho de carneiro recheado com vísceras ligadas com farinha de aveia – parece ruim, mas era gostoso). De sobremesa, um Dark Chocolate Tart (Tarte de chocolate, uísque, mel, veia e chantilly – parece gostoso, e era mesmo!). Se puder, prove a cerveja Innis & Gunn, é típica da Escócia, e até eu, que não gosto de cerveja, achei gostosinha.












Crispy Fishcake
Haggis Burger
















Dark Chocolate Tart

Próximo post: último dia em Edimburgo.

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